PCP: Linha de Construção dos Três Instrumentos da Revolução
- O Caminho da Rebelião
- 8 de out. de 2019
- 17 min de leitura
Atualizado: 9 de nov. de 2019
LINHA DE CONSTRUÇÃO DOS TRÊS INSTRUMENTOS DA REVOLUÇÃO
Partido Comunista do Peru
1988

INTRODUÇÃO
O presidente Gonzalo estabelece a linha de construção dos três instrumentos da revolução, apoiando, defendendo e aplicando o marxismo-leninismo-maoísmo, principalmente o maoísmo.
Ele nos ensina que Marx disse que a classe trabalhadora cria organizações à sua imagem e semelhança, isto é, suas próprias organizações. No século XIX, com Marx e Engels, começamos com uma concepção científica, nossa própria doutrina, nosso próprio objetivo, nosso objetivo comum - como tomar o poder e os meios para fazê-lo – a violência revolucionária. Tudo isso foi alcançado em uma luta de duas linhas muito difícil. Marx estabeleceu que o proletariado não pode agir como uma classe, a menos que se constitua como um partido político diferente e oposto a todos os partidos políticos criados pelas classes proprietárias. Que desde sua aparição em um processo prolongado, o proletariado criou suas próprias formas de luta e suas próprias formas de organização. Como um resultado, o partido é a forma mais alta de organização, o exército é a principal forma de organização e a frente é o terceiro instrumento, e esses três instrumentos são para tomar o poder por meio da violência revolucionária. Ele nos diz que, no final do século XIX, Engels chegou à conclusão de que a classe não possuía as formas orgânicas apropriadas nem as formas militares apropriadas para tomar o poder e mantê-lo, mas ele nunca disse que deveríamos abandonar a revolução, pelo contrário, devemos trabalhar pela revolução, buscando uma solução para esses problemas pendentes. Isso deve ser bem entendido, uma vez que os revisionistas o distorcem para vender seu oportunismo.
No século XX, Lenin entendeu que a revolução estava madura e criou o Partido proletário de novo tipo, moldando a forma de luta - a insurreição e a forma de organização - os destacamentos, que eram formas móveis e superiores às barricadas do século anterior, que eram formas fixas. Lenin expôs a necessidade de criar organizações novas e clandestinas, uma vez que o passo para as ações revolucionárias significou a dissolução das organizações legais pela polícia e esse passo só seria possível se fosse adotado passando por cima dos velhos líderes, passando pelo velho Partido, destruind0-o. O Partido deve tomar como exemplo o exército moderno, com sua própria disciplina e sua vontade, e ser flexível.
Com o presidente Mao Tse-tung, a classe entende a necessidade de construir os três instrumentos da revolução: o Partido, o Exército e a Frente Única de maneira inter-relacionada. Isso resolve a construção dos três instrumentos em um país atrasado, semifeudal e semicolonial, através da Guerra Popular. Concretamente, resolve a questão de construir o Partido ao redor do fuzil e que é o heroico combatente que lidera sua própria construção, o Exército e a Frente.
O presidente Gonzalo expõe a militarização dos partidos comunistas e a construção concêntrica dos três instrumentos. A militarização dos Partidos Comunistas é a diretiva política com conteúdo estratégico, pois é “o conjunto de transformações, mudanças e reajustes necessários para liderar a Guerra Popular como a principal forma de luta que irá gerar o novo Estado”. Portanto, a militarização dos partidos comunistas é fundamental para a revolução democrática, a revolução socialista e as revoluções culturais.
Ele define o princípio da construção: “Na base político-ideológica, construir simultaneamente as formas organizacionais no meio da luta de classes e da luta de duas linhas, todas dentro e em função da luta armada pela conquista do poder."
Além disso, ele vincula todo o processo de construção à fluidez da guerra popular, partindo da tese do presidente Mao de que “a mobilidade das operações militares e a variabilidade de nosso território fornecem todos os trabalhos de construção... uma característica variável. "
Portanto, para entender a linha de construção, devemos partir da forma de luta e das formas de organização; do princípio da construção e construção ligado à fluidez da guerra popular, que é a principal forma de luta no mundo de hoje.
1. CONSTRUÇÃO DO PARTIDO
- Caráter do partido. Nos baseamos no marxismo-leninismo-maoísmo, pensamento Gonzalo, principalmente no pensamento Gonzalo, na ideologia do proletariado, que é a expressão mais alta da humanidade, a única ideologia verdadeira, científica e invencível. Lutamos pelo Programa Comunista, cuja essência é organizar e liderar a luta de classes do proletariado para que ele possa conquistar o poder político, realizar a revolução democrática, a revolução socialista e a revolução cultural a caminho do comunismo, o objetivo inabalável para o qual marcha. Contamos com a linha política geral da revolução, essas são as leis que governam a luta de classes pela tomada do poder, estabelecida pelo presidente Gonzalo com seus cinco elementos:
1) a linha internacional;
2) a revolução democrática;
3) a linha militar;
4) a linha de construção dos três instrumentos da revolução; e
5) a linha de massa.
A linha militar é o centro da linha política geral. Nós nos forjamos no internacionalismo proletário ao conceber nossa revolução como parte da revolução proletária mundial. E mantemos a independência ideológica, política e organizacional apoiada em nossos próprios esforços e pelas massas.
É um Partido do novo tipo que gerou o Grande Líder da Revolução Peruana, o Presidente Gonzalo, o maior Marxista-Leninista-Maoista vivo, que lidera o Partido. Ele é a garantia do triunfo da revolução que nos levará ao comunismo.
- A militarização do Partido Comunista e a construção concêntrica. O presidente Gonzalo expôs a tese de que os partidos comunistas do mundo deveriam se militarizar por três razões:
Primeiro, porque estamos na ofensiva estratégica da revolução mundial, vivemos durante a varredura do imperialismo e a reação da face da Terra nos próximos 50 a 100 anos, um tempo marcado pela violência em que ocorrem todos os tipos de guerras. Vemos como a reação está a se militarizar mais e mais, militarizando as velhas unidades, suas economias, o desenvolvimento de guerras de agressão, o tráfico com as lutas dos povos e que aponta para uma guerra mundial, mas desde que a revolução é a principal tendência no mundo, a tarefa dos Partidos Comunistas é defender a revolução que molda a principal forma de luta: a guerra popular para se opor à guerra contrarrevolucionária mundial com a guerra revolucionária mundial.
Segundo, porque a restauração capitalista deve ser evitada. Quando a burguesia perde o poder, ela se introduz dentro do Partido, usa o exército e procura usurpar o poder e destruir a ditadura do proletariado para restaurar o capitalismo. Portanto, os Partidos Comunistas devem militarizar-se e exercer a ditadura geral dos três instrumentos, forjando-se na guerra popular e capacitar a organização armada das massas, a milícia popular, de modo a engolir o exército. Por esse motivo, o presidente Gonzalo nos diz para “forjar todos os militantes como comunistas, antes de tudo, como combatentes e como administradores”; por essa razão, todo militante é forjado na Guerra Popular e permanece alerta contra qualquer tentativa de restauração capitalista.
Terceiro, porque marchamos em direção a uma sociedade militarizada. Militarizando o Partido, damos um passo em direção à militarização da sociedade, que é a perspectiva estratégica para garantir a ditadura do proletariado. A sociedade militarizada é o mar de massas armadas de que Marx e Engels se referem, que guardam a conquista do poder e o defendem uma vez conquistados. Tomamos a experiência da Revolução Chinesa, da base anti-japonesa em Yenan, que era uma sociedade militarizada onde tudo crescia sob a ponta do fuzil: Partido, Exército, Estado, nova política, nova economia, nova cultura. E assim desenvolvemos o comunismo de guerra.
Na Primeira Conferência Nacional (novembro de 1979), o Presidente Gonzalo expôs a tese da necessidade de militarizar o Partido Comunista do Peru; depois, nos primeiros meses de 1980, quando o Partido se preparava para iniciar a Guerra Popular, ele propôs desenvolver a militarização do Partido por meio de ações, baseando-se no que o grande Lênin disse sobre reduzir o trabalho não militar para centralizar o militar; que os tempos de paz estavam acabando e estávamos entrando nos tempos de guerra, para que todas as forças fossem militarizadas. Assim, tomando o Partido como eixo de tudo, construir o Exército em torno dele e com esses instrumentos, com as massas na Guerra Popular, construir o novo Estado em torno de ambos. Que a militarização do Partido só pode ser levada adiante através de ações concretas da luta de classes, ações concretas do tipo militar; isso não significa que apenas realizaremos vários tipos de ações militares exclusivamente (ações de guerrilha, sabotagens, execução seletiva, propaganda e agitação armada), mas que devemos executar principalmente essas formas para incentivar e desenvolver a luta de classes, ensinando com ações, com esses tipos de ações como a principal forma de luta na Guerra Popular.
A militarização do Partido tem seus antecedentes em Lenin e no Presidente Mao, mas é um novo problema desenvolvido pelo Presidente Gonzalo, levando em conta a nova circunstância da luta de classes e devemos ver que novos problemas surgirão que serão resolvidos através da experiência. Isso implicará necessariamente em um processo de luta entre o velho e o novo que o desenvolverá ainda mais, com a guerra sendo a forma mais alta de resolver contradições, de capacitar as faculdades que as pessoas têm para encontrar soluções. É a militarização do Partido que nos permitiu iniciar e desenvolver a Guerra Popular. Consideramos que essa experiência tem validade universal e, por esse motivo, é um requisito necessário para os partidos comunistas de todo o mundo se militarizarem.
A construção concêntrica dos três instrumentos é o cumprimento orgânico da militarização do Partido e, em síntese, está resumido no que o Presidente Gonzalo ensina: “O Partido é o eixo de tudo, lidera os três instrumentos de maneira abrangente, sua própria construção, lidera absolutamente o exército e o novo Estado como uma ditadura conjunta visando a ditadura do proletariado.”
- Os seis aspectos da construção do partido.
Construção ideológica. Os militantes são forjados com base na unidade do Partido com o Marxismo-Leninismo-Maoismo, pensamento Gonzalo, principalmente o pensamento Gonzalo. Dizemos Marxismo-Leninismo-Maoismo porque é a ideologia universal do proletariado que é a última classe da história, uma ideologia que deve ser aplicada às condições concretas de cada revolução e gerar seu pensamento guia. No nosso caso, a revolução peruana gerou o pensamento Gonzalo, porque o presidente Gonzalo é a expressão mais alta da fusão da ideologia universal com a prática concreta da revolução peruana.
Construção política. Os militantes são forjados no programa e nos estatutos; a linha política geral e a linha militar como centro, linhas específicas; política geral, políticas específicas e planos militares do Partido. A política deve sempre estar no comando e esse é o nosso ponto forte.
Construção organizacional. O orgânico segue o político e levar em conta que apenas essa linha não é suficiente; os aparelhos orgânicos devem ser construídos enquanto se vê a estrutura orgânica, o sistema orgânico e o Partido. Em sua estrutura orgânica, o Partido é baseado no centralismo democrático, principalmente no centralismo. Duas redes do Partido armado são estabelecidas, a rede territorial que abrange uma jurisdição e a rede móvel cuja estrutura é implantada. O sistema orgânico é a distribuição de forças em função dos pontos principal e secundário, onde quer que a revolução esteja atuando. Trabalho de partido é a relação entre trabalho secreto, que é principal, e trabalho aberto; a importância das cinco necessidades: centralismo democrático, clandestinidade, disciplina, vigilância e sigilo, particularmente o centralismo democrático.
Liderança. Temos plena consciência de que nenhuma classe da história jamais conseguiu instalar seu governo, a menos que tenha promovido seus líderes políticos, seus representantes de vanguarda, capazes de organizar o movimento e liderá-lo. O proletariado peruano no meio da luta de classes gerou a liderança da revolução e sua expressão mais alta: A Grande Liderança do Presidente Gonzalo, que lida com a teoria revolucionária e tem um conhecimento da história e uma profunda compreensão do movimento prático; que através de uma dura luta de duas linhas derrotou o revisionismo, o liquidacionismo de direita e esquerda, a linha oportunista e o direitismo. Ele reconstituiu o Partido, liderou-o na Guerra Popular e tornou-se o maior Marxista-Leninista-Maoista vivo, um grande estrategista político e militar, um filósofo, um professor dos comunistas. A reação tem dois princípios para destruir a revolução: aniquilar sua liderança e isolar a guerrilha das massas; mas, em síntese, seu problema é aniquilar a liderança, porque é isso que nos permite manter nosso curso e realizá-lo. Nosso Partido definiu que a liderança é fundamental e é dever de todos os militantes trabalhar constantemente para defender e preservar a liderança do Partido e, especialmente, a liderança do Presidente Gonzalo, nossa Grande Liderança, contra qualquer ataque dentro ou fora do Partido e sujeitar-nos à sua liderança e comando pessoais, elevando os slogans de "Aprenda com o presidente Gonzalo" e "Incorporar o pensamento Gonzalo".
Baseamo-nos na liderança coletiva e na liderança individual e estamos atentos ao papel dos líderes e como, durante a Guerra Popular, através da renovação da liderança, a liderança da revolução está se fundindo e sendo temperada. Mantemos o princípio de que a liderança nunca morre.
Nós que seguimos o marxismo-leninismo-maoísmo, nos sujeitamos ao presidente Gonzalo e incorporamos o pensamento Gonzalo.
Luta de duas linhas. O Partido é uma contradição em que a luta de classes se expressa como a luta de duas linhas entre a direita e a esquerda. É a luta de duas linhas que impulsiona o desenvolvimento do Partido; seu tratamento justo e correto exige que a esquerda se imponha. Lutamos contra a conciliação porque ela nutre a direita; e o princípio da crítica e da autocrítica deve ser praticado por todos os militantes, quadros, líderes, combatentes, massas também; assumindo a filosofia da luta e indo contra a corrente, tendo em mente que o Comitê Central é o vórtice da tempestade, pois ali a luta de classes se expressa mais acentuadamente. O tratamento justo e correto que o Presidente Gonzalo faz da luta de duas linhas serviu para manter a unidade do Partido e o desenvolvimento da Guerra Popular. Em geral, o revisionismo é considerado o principal perigo, embora dentro do Partido continue a se desdobrar contra critérios, opiniões, atitudes e posições de direita, como uma luta entre o povo. É necessário organizar a luta de duas linhas para impor a linha do Partido, através de um plano para desenvolvê-la de maneira organizada.
Trabalho em massa. Aplicamos o princípio: “As massas fazem história.” O Partido lidera a luta das massas em função do poder, que é a principal reivindicação; desenvolvemos o trabalho de massa na e para a Guerra Popular, baseando-nos nas massas básicas, trabalhadores e principalmente camponeses pobres, na pequena burguesia e neutralizamos ou conquistamos a burguesia média, de acordo com as condições. Nos sujeitamos à lei da incorporação das massas e à única tática marxista de "ir às massas mais profundas", educando-as na violência revolucionária e na luta implacável contra o revisionismo. O trabalho em massa do Partido é feito através do Exército Popular e as massas são mobilizadas, politizadas, organizadas e armadas como a nova potência no campo e no Movimento Revolucionário de Defesa do Povo (MRDP) nas cidades.
Em síntese, é através da árdua luta e da liderança do Presidente Gonzalo que temos um Partido Marxista-Leninista-Maoista, pensamento Gonzalo, de novo tipo que lidera a Guerra Popular e abriu a perspectiva da conquista do poder no país a revolução mundial.
2. SOBRE A CONSTRUÇÃO DO EXÉRCITO GUERRILHEIRO POPULAR
- Característica do exército. O Exército Guerrilheiro Popular é um exército de novo tipo que cumpre as tarefas políticas da revolução estabelecida pelo Partido. Aplica o princípio maoísta: "O Partido comanda o fuzil e nunca permitiremos que o fuzil comande o Partido". Ele cumpre três tarefas: Luta, que é a principal tarefa, pois corresponde à principal forma de organização. A mobilização, que é muito importante e pela qual o trabalho de massas do Partido é realizado, politizando as massas, mobilizando, organizando e armando as massas. Produzindo, aplicando o princípio da autoconfiança, tentando não ser um fardo para as massas. Fundamentalmente, é um exército camponês, absolutamente liderado pelo Partido. O presidente Gonzalo nos ensina: “As legiões de ferro do Exército Guerrilheiro Popular se sustentam no marxismo-leninismo-maoísmo, pensamento guia, que é a base de sua invencibilidade; eles são forjados na vida difícil, no sacrifício e no desafio à morte, que os elevam ao heroísmo revolucionário.”
- O Exército Guerrilheiro Popular. Marx estabeleceu a tese que o proletariado precisava de seu próprio exército e armamento geral do povo. Lenin criou o Exército Vermelho e estabeleceu a tese da milícia popular com as funções de polícia, exército e administração. O presidente Mao desenvolveu a construção das forças armadas revolucionárias com a imensa participação das massas. A Guerra Popular materializa seu caráter de massa em três grandes coordenações.
Baseando-se nessas teses marxista-leninista-maoístas e levando em conta a situação específica da Guerra Popular, o Presidente Gonzalo propôs a formação do Exército Guerrilheiro Popular. Desde a Preparação da Guerra Popular, o Presidente Gonzalo concebeu a necessidade de construir a principal forma de organização para levar adiante a Guerra Popular, derrotar o inimigo e construir o novo Estado. Em 3 de dezembro de 1979, foi acordada a formação da “Primeira Companhia da Primeira Divisão do Exército Vermelho”. Em 1980, com a Iniciação, os esquadrões e destacamentos foram formados e propusemos passar de massas desorganizadas para massas organizadas militarmente.
Em 1983, precisávamos dar um salto à frente na construção das forças armadas revolucionárias e enfrentamos um grande crescimento das milícias populares, que demonstravam como as massas queriam lutar; além disso, naquele ano as forças armadas reacionárias haviam entrado na luta contra nós. Assim, no Comitê Central Expandido (CCE), em março daquele ano, o Presidente Gonzalo propôs a formação do Exército Guerrilheiro Popular. Por que um exército? Porque era uma necessidade política enfrentar o inimigo e desenvolver a Guerra Popular. Todo o Partido concordou com isso em meio à luta de duas linhas contra o direitismo, em oposição à incorporação das milícias ao Exército. Por que guerrilha? Porque aplica a guerra de guerrilha no marco de "Desenvolver guerra de guerrilha"; não é um exército regular, mas um exército de guerrilha, mas suas características permitem, se necessário, desenvolver-se como uma espécie de exército regular. Por que as pessoas? Porque é constituído pelas massas de pessoas, pelos camponeses, principalmente pelos pobres; serve ao povo, pois representa os interesses do povo. Uma situação muito importante é como o Presidente Gonzalo concebeu o Exército Guerrilheiro Popular ao incorporar as milícias populares, compostas por três forças: as principais, as locais e as de base, que atuam principalmente no campo e na cidade como complementares; esse é um grande passo em direção ao mar de massas armadas.
- A construção do Exército Guerrilheiro Popular. A formação do exército é baseada em homens e não em armas; nosso exército é formado por camponeses, principalmente os pobres, proletários e pequena burguesia; ele tira as armas do inimigo e também usa todos os tipos de armas elementares. Nosso slogan é "Conquistar Armas!" do inimigo, pagando o que for necessário. A formação do Exército Popular deve ser diferenciada de sua construção.
A construção político-ideológica é primária, baseada no marxismo-leninismo-maoísmo, pensamento Gonzalo. Baseia-se nas linhas políticas e militares do Partido, com todo o seu trabalho político e de massa sob a liderança do Partido. O Partido está organizado em todos os níveis do exército; o duplo comando é aplicado: político e militar, e a luta de duas linhas se desenvolve entre a linha militar proletária e a linha militar burguesa. Além disso, o armado revolucionário exige a formação de três departamentos: político, militar e logístico.
A construção militar é importante. Armado com a teoria e a prática da guerra popular, a linha militar e os planos militares do Partido, está organizado em esquadrões, empresas e batalhões no campo e em destacamentos especiais e milícias populares nas cidades. Essa construção também se baseia na luta de duas linhas. As três forças: principal, local e base, que desempenham um papel específico como apoio ao novo Estado. “Desenvolver as empresas, fortalecer os pelotões visando batalhões!” ainda é um slogan válido.
A instrução é necessária e indispensável. Visa aumentar a belicosidade; o ensaio não pode ser evitado e as qualidades de liderança [don de mando] são a chave para a ação. Treinamento especializado; eleva as formas de luta. A organização da coragem tem caráter de classe e fortalece a belicosidade porque lutamos com absoluto altruísmo e total convicção da justiça de nossa causa.
Em síntese, o presidente Gonzalo criou o Exército Guerrilheiro Popular como um exército do novo tipo; ele estabeleceu a linha de sua construção baseada no marxismo-leninismo-maoísmo, pensamento Gonzalo, para que ele possa cumprir as tarefas específicas da revolução. É um exemplo diante do mundo e serve à revolução mundial.
3. NA CONSTRUÇÃO DO NOVO ESTADO.
- Caráter do novo Estado. O poder é a tarefa central da revolução e a Frente é o terceiro instrumento. Ao aplicar a tese magistral do Presidente Mao em “Sobre a Nova Democracia”, o Presidente Gonzalo nos ensina nossa concepção de uma ditadura conjunta que forma a República Popular de Nova Democracia. A partir do vínculo entre Estado / Frente, a Frente Revolucionária de Defesa do Povo se materializa a partir dos Comitês Populares no interior e, nas cidades, é simplesmente o Movimento Revolucionário de Defesa do Povo (MRDP). Construímos o novo Estado no campo até que finalmente o poder seja estendido por todo o país.
Como sistema estatal, é uma ditadura conjunta de trabalhadores, camponeses, principalmente os pobres e a pequena burguesia, e respeita os interesses da burguesia média, todos sob a liderança do proletariado representado pelo Partido, que aplica sua hegemonia através desta aliança operário-camponesa. Como sistema de governo, funciona através das Assembleias Populares.
- O novo Estado e a fluidez da guerra. A construção do novo Estado segue a fluidez da Guerra Popular, pode se expandir ou contrair, desaparecer em um lugar e aparecer em outro. É fluido. O presidente Mao nos ensina: “Nossa república democrática de trabalhadores e camponeses é um Estado, mas atualmente não é assim no sentido pleno da palavra... nosso poder ainda está muito longe de ter a forma completa de um estado... nosso território ainda é muito pequeno e o inimigo sonha constantemente em nos aniquilar.”
Lembre-se sempre do sistema de Bases de Apoio, de zonas de guerrilha, de zonas de operações e pontos de ação, porque essas constituem o ambiente em que o novo Estado se desenvolve e são fundamentais para manter o curso estratégico; nesse ambiente, o Exército Guerrilheiro Popular, sob a liderança do Partido, move-se como sua coluna vertebral.
- A construção do novo Estado. “Fortalecer os comitês populares, desenvolver as bases e avançar na República Popular de Nova Democracia!” Esse é o slogan que continua a orientar sua construção.
Lutamos pelo poder pelo proletariado e pelo povo e não pelo poder pessoal. Nós somos contra os bandos rebeldes e a evasão das bases de apoio.
O novo Estado é construído em meio à Guerra Popular e segue um processo de desenvolvimento específico, sendo construído no nosso caso primeiro no campo, até as cidades serem cercadas e formado em todo o país. Este é um processo no qual o velho Estado está sendo destruído, é a contradição entre o velho Estado e o novo Estado. Isso faz com que todos os planos políticos e militares da reação fracassem e incorpora as massas na luta.
Na Conferência Nacional Expandida de novembro de 1979, o Presidente Gonzalo estabeleceu a relação entre o novo Estado aplicando a teoria do Presidente Mao. Na Primeira Escola Militar de abril de 1980, ele nos disse: “... em nossas mentes, em nossos corações, em nossas vontades é incorporado a semente do poder do povo, nós o carregamos dentro de nós... Camaradas, não esqueçamos o poder do povo, o Estado da classe trabalhadora; o Estado dos trabalhadores e camponeses marcha conosco, nós o carregamos na ponta de nossos fuzis, ninhos em nossas mentes, palpita em nossas mãos e sempre estará conosco ardendo em nossos corações. Nunca esqueçamos disso, é a primeira coisa que devemos ter em mente. Camaradas, nascerá frágil, fraco porque será novo, mas seu destino é desenvolver-se através da mudança, através da variação, através da fragilidade, como um broto tenro. Que as raízes que plantamos desde a iniciação sejam o futuro de um Estado saudável e vigoroso. Tudo isso, camaradas, começa a nascer das ações mais modestas e simples que iniciaremos amanhã.” Em 1980, surgem os Comitês de Distribuição, a semente do novo Estado; em 1982, surgem os primeiros comitês populares, que se multiplicarão no final daquele ano, forçando a reação a ordenar que suas forças armadas entrem na luta contra a Guerra Popular, uma vez que o poder reacionário se viu ameaçado. Em 1983, concordamos com o Grande Plano de Conquista de Bases, cuja tarefa era a formação do Comitê Organizador da República Popular de Nova Democracia. A partir daí, seguimos a luta entre o restabelecimento do velho poder pelo inimigo e o contra-restabelecimento do novo poder, aplicando defesa, desenvolvimento e construção.
Assim, o novo Poder que passa pelo banho de sangue desenvolve os Comitês Populares, que estão sendo temperados em duras batalhas contra o inimigo, regados pelo sangue das massas de camponeses, de combatentes e de militantes.
No Comitê Central Expandido de março de 1983, o Presidente Gonzalo desenvolve ainda mais a linha de construção da Frente / Novo Estado. Ele expõe os níveis em que o novo Estado está sendo organizado: comitês populares, bases de apoio e República Popular de Nova Democracia. As funções das Bases de Apoio e do Comitê Organizador da República Popular de Nova Democracia são as de liderança, planejamento e organização; cada base deve elaborar seu próprio plano específico.
Ele estabelece que os Comitês Populares são materializações do novo Estado. Eles são comitês da Frente Única; liderado por Comissários que assumem suas funções do Estado, com a encomenda, eleitos pelas Assembleias de Representantes e sujeitos à revogação. Eles são, até agora, clandestinos; eles marcham em frente com as Comissões, lideradas pelo Partido que aplica a regra dos “três terços”: um terço deles são comunistas, um terço são camponeses e um terço são progressistas, e são sustentados pelo Exército. Eles aplicam a ditadura, a imposição e a segurança das pessoas, exercitando a violência com firmeza e determinação, de modo a defender o novo poder contra seus inimigos e proteger os direitos do povo.
O conjunto de Comitês Populares constitui uma Base de Apoio e o conjunto de Bases de Apoio é o anel que arma a República Popular de Nova Democracia, hoje em formação. Passamos de Conquistando Bases para Desenvolvendo Bases, que é a atual estratégia política. Temos que plantar cada vez mais a nova potência, para a qual devemos aplicar as cinco formas estabelecidas, especialmente hoje, quando as condições apontam para a perspectiva de conquista do poder em todo o país.
Em síntese, o presidente Gonzalo estabeleceu a linha de construção do novo Estado e duas repúblicas, duas estradas, dois eixos são contrapostos. Avançamos no estabelecimento de novas relações sociais de produção e a República Popular de Nova Democracia em formação brilha desafiadoramente contra o velho Estado e abre a perspectiva de conquista do poder total. Este exemplo incentiva os revolucionários de todo o mundo, principalmente o proletariado internacional.
Como seguidores do marxismo-leninismo-maoísmo, pensamento Gonzalo, assumimos a linha de construção dos três instrumentos da revolução, do Partido Comunista do Peru, a mais alta forma de organização e a primeira sociedade política; do Exército Guerrilheiro Popular, principal forma de organização; e da Frente/Novo Estado, tarefa central da revolução. Estes são os instrumentos que estão sendo construídos em nossa terra natal no auge da Guerra Popular, atravessando o rio de sangue em que comunistas, combatentes e massas dão heroicamente suas vidas para materializar a linha política justa e correta estabelecida pelo Presidente Gonzalo, e que aqueles que sobreviverem levarão a bandeira de continuar a serviço de nosso objetivo, o comunismo.
VIVA A MILITARIZAÇÃO DO PARTIDO COMUNISTA DO PERU!
VIVA O EXÉRCITO GUERRILHEIRO POPULAR!
VIVA A REPÚBLICA POPULAR DE NOVA DEMOCRACIA EM FORMAÇÃO!
PELA CONSTRUÇÃO CONCÊNTRICA DOS TRÊS INSTRUMENTOS!
Comitê Central do Partido Comunista do Peru
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